Eu era uma garota com os meus 17 anos e você com os seus quase 30 me encantava de uma forma tão estranha, tão forte. Era inevitável pensar em outra doença a não ser o amor.
Nós passávamos as tardes sorrindo e rindo, do nada e de nós mesmos, éramos felizes, nos entendíamos entre olhares, nos respeitávamos, éramos cúmplices um do outro.
Tudo era perfeito demais, bonito de mais...
Algo não estava certo. Eu percebi o seu olhar, algo havia mudado, lágrimas escorriam sem motivo aparente, algo me assustava... O nosso futuro. Você se foi, e entre nós na garganta e um coração partido, você me deu um adeus baixinho.
Há um tempo eu havia lhe dito que o melhor pra você era o melhor pra mim, pois bem, eu estava errada.
Passaram se três semanas e eu já não conseguia digerir coisa alguma, vivia constantemente com frio, sentia um imenso vazio, a única solução seria a sua volta, algo extremamente impossível, pois nem do seu paradeiro eu tinha conhecimento.